‘Na dança das cadeiras’, Denarium tira Miramilton do comando da PM, mas o mantém no Governo na velha política de encobrir escândalos

Governo insistiu e até tentou vender a imagem de controle e transparência que, na prática, não existe. Alguns aliados só trocaram de lugar, mas continuam tento forte influência na gestão de Antonio Denarium

‘Na dança das cadeiras’, Denarium tira Miramilton do comando da PM, mas o mantém no Governo na velha política de encobrir escândalos
Governador Antonio Denarium com o comandante da PMRR, coronel Miramilton Goiano – Foto: Divulgação

Arquivou

O Ministério Público optou pelo arquivamento do processo que o Governo de Roraima moveu contra o ex-comandante da Polícia Militar de Roraima, o coronel Edison Prola. É que em novembro do ano ado, ele usou as redes sociais para criticar o governador Antonio Denarium e o atual comandante da PMRR, Miramilton Goiano.

Liberdade de expressão

Quem abriu o processo foi o próprio Miramilton, contudo, o órgão entendeu que Prola apenas estava comentando as informações já noticiadas pela imprensa. O MPRR ressaltou que a atitude do ex-comandante está dentro do direito da liberdade de expressão. Ou seja, não imputou acusações diretas ou fatos desonrosos ao governador e ao atual comandante da corporação.

Saída

E por falar em policia… Antonio Denarium exonerou o coronel Miramilton Goiano do cargo de comandante ontem, 29. O Roraima em Tempo já havia antecipado a troca de comando. Agora, o coronel Overlan Lopes, é quem o substitui. Ele estava à frente do Comando de Policiamento no Interior. Miramilton volta a ser secretário da Casa Militar, cargo que ocupava antes de sua nomeação no Comando-geral.

Mais um…

Depois de Cecilia Lorenzon (que saiu da Sesau para assumir a Secretaria de Governo Digital), de Dilma Costa, que deixou o Iteraima e também Regys Freitas, que foi exonerado do cargo de controlador-geral de Roraima, após ser alvo da PF, Miramilton é só mais um que troca de cargo após diversas polêmicas. Lembrando que Miramilton estampou as manchetes nacionais após ser investigado por venda ilegal de armas. Além disso, ele é citado no processo do caso Surrão, em que um casal foi morto a tiros em uma disputa por terras no Cantá.

Frágil

Essa sucessão de saídas e trocas mostra o que muita gente já sabia: Denarium estava e está cercado de aliados que parecem muito mais interessados em proteger seus próprios interesses do que em servir à população. A cada exoneração, não é só um nome que cai. Cai junto um pedaço da fragilizada confiança da população em quem deveria zelar pela segurança e pelo dinheiro público. O Governo insistiu e até tentou vender a imagem de controle e transparência que, na prática, não existe. Eles continuam com e sob influência. E a pergunta que fica é: quem é o próximo?

 

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