
Um advogado de 31 anos, suspeito de estelionato, é investigado pela Polícia Civil de Roraima(PCRR). A equipe deflagrou nessa quinta-feira, 12, uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em duas residências e um escritório de advocacia.
A ação ocorreu nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre e faz parte de uma investigação que aponta o advogado como suspeito. Conforme a Polícia, os prejuízos às vítimas ultraam R$ 1 milhão.
A operação que investiga o advogado
A operação teve o apoio da Delegacia de Alto Alegre, sob coordenação do delegado Vinícius Quadros. Além disso, a Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RR) fiscalizou o cumprimento das diligências. No total, 14 policiais civis participaram da ação, que teve ainda, o apoio do delegado do 4° DP, Guilherme Peres.
De acordo com o delegado Thiago Alexandre de Oliveira Leite, responsável pela operação, o advogado é suspeito de usar a sua atividade profissional para aplicar golpes. Ele oferecia falsos acordos judiciais com promessas de lucros altos, rápidos e garantido.
“As investigações apontam que as vítimas eram induzidas a acreditar em negociações judiciais inexistentes. A proposta consistia na aquisição de créditos judiciais supostamente já reconhecidos pela Justiça, com promessa de pagamento em até 25 dias”, detalhou o delegado.
O golpe
Em investigações, segundo o delegado, foi possível constatar que ele apresenta processos falsos, sentenças judiciais falsas e pede pagamento antecipado, alegando que as vítimas teriam retorno financeiro de 50, 70, até 100% num período muito curto de 20 dias, 30 dias, 40 dias.
O delegado representou pelas buscas domiciliares e, requereu também, pela suspensão cautelar do registro profissional do investigado na Ordem dos Advogados do Brasil, medida que deferida pela 1ª Vara Criminal de Boa Vista.
Durante o cumprimento dos mandados em Boa Vista, nos bairros Cauamé e Mecejana, e na sede do município de Alto Alegre, a equipe apreendeu documentos e equipamentos eletrônicos.
Segundo o delegado, os prejuízos causados às vítimas já ultraam R$ 1 milhão.
“Ele criou uma espécie de pirâmide financeira virtual. Ou seja, a fraude funcionava assim: Ele chegava a pagar a compensação para as pessoas e o indivíduo reinvestia o valor. Além disso, ele falsificava as minutas de acordos judiciais”, disse. Ainda segundo o delegado, o acusado chegou aplicar o golpe até mesmo em um amigo de infância.
O delegado Thiago Alexandre, alerta a população para este golpe que tem sido aplicado por pessoas que se am por advogados ou por intermediários que apresentam processos e sentenças judiciais falsas com retornos altos de lucro.
“É uma promessa muito tentadora, mas tudo não a de uma fraude. Procure um advogado de sua confiança e desconfie sempre quando a pessoa não apresentar documento verdadeiro, documentos incompletos, principalmente prints”, orientou o delegado.
As investigações, a partir de agora entrará em uma nova fase que é a análise de todo o material apreendido que ará por perícia.
Fonte: Da Redação