
A empresa japonesa iSpace, especializada em exploração espacial, fará sua segunda tentativa de pousar uma sonda na lua em uma missão batizada de HAKUTO-R Mission 2.
A ação, faz parte de um ambicioso plano da empresa, que pretende construir uma cidade lunar que abrigaria 1 mil pessoas e turistas até 2040.
Para isso, é claro, a empresa precisa primeiro dominar a tecnologia de pouso lunar. A primeira tentativa, em abril de 2023, terminou em fracasso depois que o módulo de pouso perdeu comunicação nos momentos finais da aterrissagem.
Cidade lunar
Lançada em 15 de janeiro, bordo de um foguete da SpaceX, do bilionário Elon Musk, a sonda viajou por quase cinco meses até entrar na órbita lunar.
Equipada com painéis solares, ela carrega cargas comerciais e científicas. Incluindo um eletrolisador de água para produzir hidrogênio e oxigênio. Isso a partir de água lunar, um módulo de cultivo de algas como possível fonte de alimento e uma sonda de radiação do espaço profundo.
Do mesmo modo, a missão, com duração prevista de duas semanas, também inclui o rover Tenacious. explorará a superfície, coletará amostras de solo e transmitirá vídeos sobre todo o serviço.
Da mesma forma, a empresa também planeja identificar reservas de gelo lunar, essencial para produzir combustível e viabilizar uma estação de abastecimento na Lua.
Se bem-sucedida, a missão pode consolidar a iSpace como uma das poucas empresas privadas com capacidade de concretizar um pouso lunar bem-sucedido, em um setor espacial comercial em rápida expansão.
A norte-americana Intuitive Machines, por exemplo, conseguiu concretizar o feito com a sonda Odysseu. Apesar de um impacto que deixou o equipamento inclinado, segundo a CBS News.
A sonda da iSpace tentará aterrissar na região do Mar do Frio, na face visível da Lua. Segundo a empresa, o pouso é o primeiro o para criar uma “economia cislunar”, que conecta econômica e socialmente a Terra e a Lua.
“Vemos o sucesso do pouso lunar como um trampolim para esse objetivo. Acreditamos que este empreendimento contribuirá para tornar a vida na Terra sustentável para toda a humanidade”, disse Takeshi Hakamada, CEO da empresa, em um comunicado.