Quilo da picanha chega a quase R$ 80 - Foto: Yara Walker/Roraima em Tempo r6i60
O abate de bovinos no segundo trimestre de 2021 caiu 4,5% em comparação ao mesmo período do ano ado. Por outro lado, o abate de frango e suíno aumentou.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), divulgados na semana ada.
De acordo com o estudo, o aumento no abate de suínos foi de 7,1% e de 7,4% para o de frangos. No total, mais de 7 milhões de bovinos foram abatidos, enquanto os suínos somaram 13 milhões e os frangos 1,5 bilhão.
Além disso, outro dado é o aumento de 0,1% na produção de ovos, que ou de 975 milhões no segundo trimestre de 2020 para 977 milhões em 2021.
Essa realidade também é sentida em Roraima. Conforme o presidente da Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne), Nadson Pinheiro, o estado segue o cenário nacional.
“Devido ao aumento considerável na carne bovina, a população mais vulnerável voltou a comprar outras proteínas mais baratas, como frango, calabresa e ovo. Com isso, houve essa queda no abate, as vendas diminuíram e, consequentemente, o abate também caiu”, disse.
A reportagem visitou alguns comércios de Boa Vista. O preço do quilo da picanha, por exemplo, chega a R$ 87. A costela fica em R$ 21,99. Quem quiser filé precisa desembolsar R$ 59,99. Alcatra R$ 45,99, patinho R$ 43,99, acém com osso R$ 26,99, são outros exemplos.
A compra de outros tipos de carne comentada por Nadson faz parte da lógica de mercado. É o que afirma o economista Paulo Henrique da Silva.
Ele fala que com a diminuição do poder de compra da carne, as pessoas buscam os chamados “bens substitutos”: frango, peixe, suínos, e outros tipos de carne.
Em outras palavras, os preços aumentaram por causa da inflação, mas as pessoas continuam com as mesmas remunerações.
Ou seja, o aumento pode vir somente em 2022, com o novo salário mínimo, e ainda dependa da inflação.
“Na medida em que as pessoas buscam esses bens, a demanda cresce e não tem a oferta. Ou seja, ocorre um aumento do abate de outros tipos de carne e, consequentemente, o preço [dos bens substitutos] também aumenta”, disse.
Paulo lembrou que, anteriormente, as pessoas migraram da carne de primeira para a carne de segunda, justamente por causa dos preços.
O presidente Nadson Pinheiro adianta que para os próximos meses a situação deve ser semelhante. A causa está ligada com o período de chuva que se prolongou mais do que o esperado.
De acordo com ele, a chuva impacta na oferta da carne bovina, pois o pasto perde qualidade. Com isso, os bois também perdem.
Assim, os produtores preferem aguardar por mais tempo até que o gado recupere o peso ideal para a venda.
“Com o inverno rigoroso o o dos produtores as estradas das vicinais está difícil, temos uma situação bem diferente esse ano. Temos uma diminuição na oferta. Quando diminui a oferta desses animais, pode gerar uma alta no produto”, explica.
Por Samantha Rufino
Assunto foi abordado durante entrevista concedida ao jornalista Bruno Perez, no programa Rádio Verdade da…
Ação ocorrerá durante cinco sábados, das 8h às 14h. Os primeiros bairros que receberão as…
Contato com os cães estimula brincadeiras com conteúdos pedagógicos e habilidades socioemocionais de forma natural
As propostas preveem melhorias na GID, GAEE, VPNI e Gratificação de Complemento de Jornada
A estimativa é que até R$ 4 bilhões foram descontados irregularmente
Das 7.506 solicitações de refúgio em Roraima, 4.162 são de venezuelanos e 3.136 são de…