Sede do TRE em Roraima - Arquivo/Roraima em Tempo/Edinaldo Morais 46704r
A Justiça Eleitoral remarcou o julgamento da ação contra o ex-deputado federal Airton Cascavel e o deputado Éder Lourinho (PTC).
Eles são acusados de compra de votos por R$ 100 na cidade de Caracaraí, região Sul de Roraima, nas eleições de 2018.
O julgamento iniciou no dia 25 de agosto depois de dois meses de adiamento. Contudo, o juiz Francisco Guimarães pediu mais tempo para analisar o caso.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) se irritou, e pediu celeridade. Assim, a ação entrou na pauta do dia 29 de setembro, por videoconferência.
Por outro lado, o relator do caso, juiz Luiz Alberto de Morais Júnior, já votou para cassar o mandato de Lourinho e multar Cascavel.
Ele diz que os testemunhos e as provas coletadas pelo Ministério Público Eleitoral um dia antes das eleições atestam a compra de votos.
“A análise das provas indica que [os candidatos], por meio de terceiros, ofereceram dinheiro em troca de votos nas eleições de 2018. Tal prática foi confirmada por testemunhos, materiais apreendidos, quando da operação do Ministério Público Eleitoral em Caracaraí”, conclui.
O Ministério Público fazia uma ronda um dia antes da votação, em outubro de 2018, quando se deparou com uma reunião na região da Prainha.
Um carro considerado caro despertou a atenção dos agentes, pois estava em uma área pobre de Caracaraí. Quatro pessoas acabaram presas, uma delas um pastor evangélico.
No veículo os agentes encontraram R$ 6,6 mil, usados para pagar os eleitores em troca de voto em Éder e Cascavel. Além disso, o ministério recolheu santinhos e listas com nomes de moradores.
Os depoimentos de sete pessoas confirmaram que o dinheiro se tratava de um “agrado” para apoiar os candidatos. Uma das promessas do pastor era fazer um churrasco depois das eleições e convidar os eleitores.
Para o relator, os testemunhos não se mostraram isolados, mas partiram de diversas pessoas. Os relatos de Cascavel, Éder e os envolvidos entraram em contradição, o que sustenta, conforme Luiz Alberto, a prática criminosa.
Cascavel, por exemplo, disse que o dinheiro encontrado no carro seria para pagar por um eio turístico depois das eleições, como forma de “relaxar”.
Por Redação
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